Fixe-se a crise energética, fixe-se também as alterações das leis laborais no sentido da sua liberalização. São dois exemplos que motivam a seguinte questão: será que é possível manter alguma luta consequente no plano estritamente nacional?
O que aconteceria se (aqui está uma hipotese que é mesmo ... hipotese!) o governo português resolvesse nacionalizar a Petrogal e rejeitar, pura e simplesmente, a liberalização das leis laborais, passando a priveligiar um sistema onde os sindicatos e as comissões de trabalhadores voltassem a ter protagonismo em matéria de gestão das empresas?
O que aconteceria quanto às consequências políticas e económicas que a liberal União Europeia imporia a Portugal?
Certamente que os sinos tocariam a rebate lá para os lados da comissão europeia e/ou dos governos do chamado "arco liberal" (que inclui também, infelizmente, os que são assegurados por partidos da dita Internacional "Socialista" ...) ...
Coloca-se, no entanto, outra questão importantíssima: qual seria a capacidade de resposta das esquerdas europeias? Isso mesmo, no plural, as esquerdas europeias ... a dos partidos comunistas, a dos partidos próximos do nosso BE, a dos movimentos sociais ... isto porque, não seria de esperar uma reacção conjunta ou convergente da parte de esquerdas que estão muito presas a jogos politiqueiros e parlamentares mais próprios das democracias liberais!
É claro que é muito importante "pensar global e agir localmente", mas torna-se cada vez mais urgente uma acção global, i.e. internacional que acompanhe o tal pensar global. Cada vez mais, a resolução dos problemas concretos, a afirmação de uma alternativa política e social, tem de passar de uma dimensão nacional para uma dimensão internacional, conseguindo-se articular eficazmente as duas dimensões!
As esquerdas deveriam ter a capacidade para voltarem a equacionar e concretizar uma forma de organização internacional que se possa afirmar como uma alternativa aos planos do G8, do FMI e do Banco Mundial que acabam por ser as únicas entidades globais que aparecem com respostas globais.
Uma organização internacional socialista não tem de reproduzir esquemas caducos do tipo I, II, III e/ou IV internacionais ... esquemas que contribuiram muito para algumas derrotas à esquerda que a História regista e para o perpetuar de sectarismos, vanguardismos e esquerdismos que não levam a nada.
Uma organização internacional socialista não deve ser uma espécie de denominador comum dos mínimos políticos à esquerda ... deve ser antes a consequência de uma discussão séria dos pontos divergentes entre quem fala e identifica o socialismo como a alternativa ao capitalismo globalizado.
Não se sugere uma discussão à força ou obsecada com a tentativa de reunir tudo e todos. A discussão de pontos divergentes sobre o socialismo e a alternativa internacional que esse programa deve assumir reune as correntes que a aceitam livre e voluntáriamente. Reune também quem está disposto a intervir no concreto sem tentativas de hegemonias.
No plano europeu há divergências que deveriam ser o ponto de partida para uma discussão aberta e convergente:
a esquerda deve intervir (como? com que organização e com que programa?) em todas as eleições directas que se realizam no espaço europeu, como as eleições para o Parlamento Europeu, assumindo-as como uma área de intervenção estratégicamente tão importante quanto as eleições nacionais;
a esquerda deve ser afirmativa quanto à Europa que quer, por alternativa à Europa liberal e à antiga do período da chamada guerra fria. Como dar continuidade ao movimento europeu, surgido no pós-guerra, impulsionado por sectores da esquerda socialista e denominado "Movimento pelos Estados Unidos Socialistas da Europa" .
Da discussão destes pontos, de certeza que surgirão outros que merecem trabalho para a possibilidade de uma convergência. Mas o mais importante, é a possibilidade da(s) esquerda(s) demonstrar vontade política para conseguir uma organização internacional que produza um programa de democracia e de socialismo alternativo ao liberalismo globalizado e a qualquer forma de totalitarismo.
O que aconteceria se (aqui está uma hipotese que é mesmo ... hipotese!) o governo português resolvesse nacionalizar a Petrogal e rejeitar, pura e simplesmente, a liberalização das leis laborais, passando a priveligiar um sistema onde os sindicatos e as comissões de trabalhadores voltassem a ter protagonismo em matéria de gestão das empresas?
O que aconteceria quanto às consequências políticas e económicas que a liberal União Europeia imporia a Portugal?
Certamente que os sinos tocariam a rebate lá para os lados da comissão europeia e/ou dos governos do chamado "arco liberal" (que inclui também, infelizmente, os que são assegurados por partidos da dita Internacional "Socialista" ...) ...
Coloca-se, no entanto, outra questão importantíssima: qual seria a capacidade de resposta das esquerdas europeias? Isso mesmo, no plural, as esquerdas europeias ... a dos partidos comunistas, a dos partidos próximos do nosso BE, a dos movimentos sociais ... isto porque, não seria de esperar uma reacção conjunta ou convergente da parte de esquerdas que estão muito presas a jogos politiqueiros e parlamentares mais próprios das democracias liberais!
É claro que é muito importante "pensar global e agir localmente", mas torna-se cada vez mais urgente uma acção global, i.e. internacional que acompanhe o tal pensar global. Cada vez mais, a resolução dos problemas concretos, a afirmação de uma alternativa política e social, tem de passar de uma dimensão nacional para uma dimensão internacional, conseguindo-se articular eficazmente as duas dimensões!
As esquerdas deveriam ter a capacidade para voltarem a equacionar e concretizar uma forma de organização internacional que se possa afirmar como uma alternativa aos planos do G8, do FMI e do Banco Mundial que acabam por ser as únicas entidades globais que aparecem com respostas globais.
Uma organização internacional socialista não tem de reproduzir esquemas caducos do tipo I, II, III e/ou IV internacionais ... esquemas que contribuiram muito para algumas derrotas à esquerda que a História regista e para o perpetuar de sectarismos, vanguardismos e esquerdismos que não levam a nada.
Uma organização internacional socialista não deve ser uma espécie de denominador comum dos mínimos políticos à esquerda ... deve ser antes a consequência de uma discussão séria dos pontos divergentes entre quem fala e identifica o socialismo como a alternativa ao capitalismo globalizado.
Não se sugere uma discussão à força ou obsecada com a tentativa de reunir tudo e todos. A discussão de pontos divergentes sobre o socialismo e a alternativa internacional que esse programa deve assumir reune as correntes que a aceitam livre e voluntáriamente. Reune também quem está disposto a intervir no concreto sem tentativas de hegemonias.
No plano europeu há divergências que deveriam ser o ponto de partida para uma discussão aberta e convergente:
a esquerda deve intervir (como? com que organização e com que programa?) em todas as eleições directas que se realizam no espaço europeu, como as eleições para o Parlamento Europeu, assumindo-as como uma área de intervenção estratégicamente tão importante quanto as eleições nacionais;
a esquerda deve ser afirmativa quanto à Europa que quer, por alternativa à Europa liberal e à antiga do período da chamada guerra fria. Como dar continuidade ao movimento europeu, surgido no pós-guerra, impulsionado por sectores da esquerda socialista e denominado "Movimento pelos Estados Unidos Socialistas da Europa" .
Da discussão destes pontos, de certeza que surgirão outros que merecem trabalho para a possibilidade de uma convergência. Mas o mais importante, é a possibilidade da(s) esquerda(s) demonstrar vontade política para conseguir uma organização internacional que produza um programa de democracia e de socialismo alternativo ao liberalismo globalizado e a qualquer forma de totalitarismo.
TRIBUNA SOCIALISTA
http://militantesocialista.blogspot.com/
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